08/03/2024

Como comemorar o Dia Internacional da Mulher?

 Prezadas amigas:

Como comemorar o Dia Internacional da Mulher, se na atualidade, e em grande parte das sociedades desse século XXI, assistimos estarrecidos ao constante vilipêndio dos direitos mais basilares, em relação ao valoroso espírito feminino, que promove a vida no orbe?


Se, na China de hoje; país continente de tão grande e positivo legado; de um passado milenar; de enobrecedora cultura; a mulher nascitura é sacrificada e descartada, como indivíduo de segunda classe?

Se, na Índia; de respeitáveis tradições e berço religioso dos grandes avatares, a degradação moral se faz presente, no imolar diuturno do espírito feminino, diante da barbárie da execração da esposa, quando o dote material é considerado insuficiente pela família do noivo?

Se, no Egito, pátria das mais sagradas manifestações espirituais, a mulher é negociada como mercadoria ante os resquícios e a sanha, do costume bárbaro da poligamia irresponsável, ainda presentemente tolerada?

Se, em grande parte dos países africanos, em nome de uma absurda e "profilática" repressão, duma suposta fidelidade conjugal, se pratica ainda hoje a dolorosa e cruel mutilação sexual feminina?

Se, mesmo na Europa ou nas Américas da atualidade, o "poderio" castrador do "sexo forte", impõe a baixa remuneração à mão de obra da mulher; em relação à mesma ocupação efetivada por um homem, sem que quaisquer justificativas coerentes ou lógicas, sejam apresentadas para tanto?

Se, o machismo decadente de muitos trogloditas, ditos civilizados, ainda se fazem presentes nos registros lamentáveis do dia a dia nas delegacias; ou ante dramas vivenciados no silêncio do lar; diante de filhos inocentes; vizinhos e parentes impotentes; no sepulcro das consciências, pela sanha prepotente do verdadeiramente fraco, que procura se impor através da brutalidade muscular?

Sinceramente, não há o que comemorar...

Há sim, é que levantar um brado forte, alto e sonoro...
De todos aqueles que, indignados ante a irresponsabilidade, desses que ainda dormem na falsa condição de acomodados; mas se esquecem de que o amanhã, - na espiritualidade, ou no retorno à carne - não tem sexo...
Que os detratores de hoje serão os vilipendiados de amanhã...
Que os hipócritas do presente; que fingem não ver, por não ocuparem presentemente a forma feminina, na próxima vida, sentirão na carne, todo o desprezo, que por hora escarram de boca cheia, na irmã indefesa...

Como bem definiu Rochester:

"...as lágrimas da mulher estão contadas..."

Verdadeiramente:

Salve!

Nossas mães!
Nossas filhas!
Nossa irmãs!

Um dia...
Ainda bastante distante...
Num futuro incerto mas sereno...
E cheio de glória...
Seremos grandes...

Como vocês!!!

De quem ama:
"Sua" esposa;
"Sua" filha;
"Sua" mãe;
E todas as grandes expoentes do sexo feminino, que passaram por esse orbe, ensinando e exemplificando através do martírio opressivo e da dor;
E, ainda...

Todas vocês!

Do amigo,

Ibn Ben Jamil.
..............................................................................................................................

"A HORA DO ADEUS"

cap. 20, pág. 282,283:

"Jamais nos olvidemos ainda; que desde sempre, - da infância social do homem aos dias de hoje - a mulher vem sendo conspurcada, violentada e desvalorizada ao extremo e em todos os sentidos!

O valioso elemento feminino foi considerado durante milênios sem conta como res, ou coisa; pior e de menor valor que um animal ou utensílio.

Mulher esta, que espoliada em seus direitos mais primários, foi tão ultrajada, muito mais que qualquer raça, povo ou nação.

Que triste legado...

Perseguida pela ignomínia dos calcetas de todos os tempos; pelos párias do progresso e da elevação, tem nisso gerado um pesado carma negativo à raça humana, que somente agora - a partir do início do século XX - começa o homem a resgatar esse erro bárbaro, cometido contra nossas mães; irmãs, filhas e companheiras do chamado sexo frágil, mas que sempre demonstraram estar acima da mesquinhez e força bruta do poderoso homem que, - ironia do destino - não vem ao orbe senão pelo seu ventre. [1]

Essa insensatez vai ainda mais longe se considerarmos que, dentre os avanços concedidos pela Lei do Alto; através das múltiplas existências concedidas a cada ser, rumo à ascensão divina, passamos todos por experiências retificadoras, tanto em corpos masculinos quanto femininos; ou seja, o perseguidor passa a ser presa - em vida posterior -se auto punindo.

Triste constatar que em países asiáticos e africanos, essa perseguição ainda não recrudesceu... Que na China, descartam gestações do sexo feminino, causando já uma geração de virtuais celibatários ante a perspectiva de um aumento considerável da população masculina. Que na Índia, a tribal questão do dote, ainda escraviza mulheres menos afortunadas... Que em muitos países da África, mutilam sexualmente as meninas no intuito de uma contenção libidinosa...

Quanta miséria moral a se vencer!

Quantos preconceitos a se derribar!

Quanto ainda há evoluir e aprender, ante esse desrespeito à pessoa humana..

"O escândalo há de vir, mas ai daquele por quem o escândalo venha"...[2]"

--------------------------------------------------------------------------------

[1] Esse preconceito se exacerba, quando analisamos o comportamento da sociedade à época da Renascença:

O maior elogio que se podia fazer então às grandes mulheres italianas era dizer delas que tinham um espírito, uma índole masculina. Basta que atentemos para a postura inteiramente masculina da maioria das mulheres nos poemas heroicos, sobretudo os de Boiardo e Ariosto, para que percebamos tratar-se aqui de um ideal determinado. O epíteto de virago, tido em nosso século por um cumprimento assaz ambíguo, constituía à época puro elogio. Carregava-o com grande brilho Caterina Sforza, esposa e, depois, viúva de Girolamo Riario, cuja herança, Forlì, ela defendeu com todas as suas forças, primeiramente contra o partido dos assassinos de seu marido e, mais tarde, contra César Borgia. Foi derrotada, mas conservou para si a admiração de todos os seus conterrâneos e o título de ´prima donna dÍtália´. - BURCKHARDT, Jacob - A CULTURA DO RENASCIMENTO NA ITÁLIA - Companhia das Letras, 1990, pág. 285.

[2] Mateus 18:7. "É impossível que não haja pedras de tropeço, mas ai daquele, por quem elas vem!" Lucas 17:1

Destaque:

Espiadinha Zona 02 - Cozinha e Área de Churrasco - 06 a 10 de Maio - Área 02

   Bom dia FLYBabies, sejam bem-vindas a uma nova Semana!  Essa é a visão do que sugerimos ser feito em seu Lar durante essa semana: Nessa S...

google.com, pub-4681516712279906, DIRECT, f08c47fec0942fa0